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10 de julho: celebrando o Dia da Pizza com um pizzaiolo
Postado em: 10 de Julho de 2021 às 08:00 Por Redação
Muito se discute sobre a origem da pizza.
É fato que os italianos são os mestres dessa receita, mas há evidências de que os egípcios, os babilônios e os hebreus já assavam massas no forno há milhares de anos.
Entretanto, o molho de tomate, o manjericão e o formato arredondado da massa são realmente características que vieram dos italianos.
Pizza: uma paixão mundial
No Brasil, há certas dúvidas de quando foi aberta a primeira pizzaria, mas dados históricos apontam que a pizzaria Dom Carmenielo, aberta pelo pizzaiolo napolitano Carmino Corvino por volta de 1910, no Brás, em São Paulo, seja a pioneira.
Apesar da origem da receita ser europeia, a pizza é parte da cultura brasileira.
O Brasil produz um milhão de pizzas por dia e o estado de São Paulo é responsável por mais da metade desse montante.
Além disso, São Paulo é a segunda cidade que mais consome pizza no mundo, perdendo apenas para Nova York, nos Estados Unidos.
A pizza é a paixão de muita gente! Por isso, a Academia Assaí, em celebração ao Dia da Pizza, em 10 de julho (data oficializada em 1985), trouxe uma história real e de muito amor com o disco de massa, molho e queijo.
A história de José Adnilson, sem dúvida, vai retratar o dia a dia de muitos brasileiros que fazem da pizza o seu ganha pão. Acompanhe abaixo.
Pizzaiolo... e agora?
Em meados de junho de 2018, mesmo ainda em formação gastronômica, José Adnilson da Silva, de 39 anos, morador de Francisco Morato – SP, decidiu abrir sua pizzaria (no formato de delivery) na cozinha de sua própria casa, a fim de atender os amigos e os vizinhos e obter uma renda extra.
A ideia surgiu em um aniversário, no qual o pizzaiolo, ainda amador, fez pizzas para a festa de sua filha, evento em que ganhou muitos elogios.
O início foi conturbado e cheio de incertezas, mas ele realmente se apaixonou pelo ofício, apesar de, ao mesmo tempo, trabalhar como panificador e confeiteiro em outro estabelecimento.
“Era tudo muito corrido. Eu estudava, trabalhava em padaria e, de quinta a domingo, fazia as pizzas e atendia a clientela”, revelou o empreendedor.
Com o desejo de expandir os negócios e deixar sua casa menos enfarinhada por conta do processo de feitura das massas, Adnilson construiu uma cozinha específica para a execução das pizzas no terreno de sua casa, no local onde ficava a lavanderia.
“Fomos conquistando com o tempo: em 2019, nossa cozinha só para as pizzas já estava pronta. Tivemos essa necessidade para poder atender com mais qualidade”, frisou.
Pandemia
Não diferentemente da maioria dos pequenos empreendedores, o pizzaiolo José teve de enfrentar o monstro da pandemia logo no início de março de 2020, o que abalou os negócios.
“Quando a gente começou, vendíamos cerca de 30 pizzas por fim de semana. Logo no início da pandemia, isso baixou para 10, além do grande salto no preço dos ingredientes, como a muçarela, que chegou a R$ 40 o quilo”, contou.
Com a formação em gastronomia, o empreendedor conseguiu driblar alguns efeitos da situação para continuar.
Após as fases de restrições, o negócio se adequou às diretrizes apontadas para a prevenção contra a Covid-19.
“Estamos em uma batalha constante para manter os negócios fluindo. Não é fácil direcionar um negócio em meio a uma crise como essa, porque, além dos concorrentes, grandes ou pequenos, temos mais esses desafios para lidar: a economia, a pandemia e as incertezas”, enfatizou.
Negócio familiar
Hoje, a pizzaria de Adnilson está no espaço de sua garagem e representa 50% da renda familiar.
Com isso, a família também é parte do empreendimento e colabora para o negócio crescer a cada dia.
“Minha filha fica no atendimento de celular e de WhatsApp. Minha esposa na pré-produção e na separação dos ingredientes. Eu sou o pizzaiolo e temos um motoboy que leva as pizzas até nossos clientes”, contou.
José ainda complementou: “além da pizzaria no formato de delivery, a gente faz pizzas em festas e pequenos buffets. Com a pandemia, essa alternativa está parada, mas temos essa opção também.”
De acordo com ele, os negócios seguem bem, mas poderiam estar melhores.
“Não é fácil, mas é nosso sonho – e é por isso que vale a pena lutar”, finalizou o empreendedor, que também se dedica, em uma segunda jornada de trabalho, à panificação.