Finanças
Educação financeira: além dos números e parte da nossa história
Postado em: 11 de Agosto de 2021 às 08:00 Por Jhonatan Alves
Qual a primeira coisa que vem em sua mente quando falamos de educação financeira? Economia, organização, números, corte de gastos, abundância, poder aquisitivo, moeda, ouro, dívidas, entre tantos outros. Educação financeira é sim tudo isso, mas não somente essa parte financista, que lida com a matemática da coisa: ela também é sobre emoção e relação com o passado de cada indivíduo, família e mesmo comunidade.
Mas como assim? O que minha história tem a ver com minhas finanças? Tudo! “A educação financeira é sobre compreender nosso passado e equilibrar as escolhas do presente para construir seu futuro”, essa frase pertence à educadora financeira, Bia Santos, que tem um curso gratuito sobre Educação financeira no portal do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IBDC).
UM EXERCÍCIO PARA EDUCAR
Há na tradição africana símbolos que representam a transmissão de valores fundamentais de geração em geração, chamados de Adinkras. Dentro desta linguagem de símbolos há o ‘Sankofa’, um pássaro com duas pernas bem posicionadas, uma para trás e outra para frente, além da cabeça estar virada para cauda envolvendo o ovo.
O símbolo representa “Aprender com o passado para transformar o presente e avançar ao futuro”. A partir desta ideia, ter plena consciência do nosso passado e de como fomos educados para lidar com o dinheiro, influencia no presente e nas nossas finanças.
Se alguém sofreu na infância vendo os pais brigarem todo dia por conta do dinheiro - que talvez não fosse o suficiente para suprir as despesas da casa - o que esta criança terá na cabeça mesmo que inconscientemente? Que o dinheiro é ruim por causar brigas dentro de casa e gerar até mesmo violência ou agressão verbal.
Entenda que se alguém cresceu tendo tudo do bom e do melhor, sem consciência de finitude, quando se deparar com alguma situação que a restrinja de algo, poderá se frustrar grandemente. Por isso, a relação emocional, afetiva com o dinheiro no passado influi diretamente no presente.
Entretanto, isso pode acabar no presente, que vai ser seu passado de amanhã. Louco, mas te explicamos: se você decidir hoje se relacionar de maneira mais saudável com o dinheiro – com os gastos e os ganhos - o seu futuro será cheio de novidades e qualidade de vida.
Faça o seguinte exercício: coloque em um papel duas colunas, de um lado o positivo e do outro lado negativo. Em seguida, em cada um desses lados coloque o que você acha de negativo e de positivo em relação ao dinheiro; “pode me proporcionar lazer (positivo)”; “estou no vermelho atualmente (negativo)”...E assim por diante, até você identificar as áreas relacionadas ao dinheiro que você pode começar a mudar em sua vida.
Adotar novos hábitos encarando o dinheiro como solução, abraçando o trabalho como seu ajudador e não como um fardo, ajudará a olhar para novos horizontes e a partir disso, fazer escolhas melhores, para mudar seu futuro agora.
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