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Open Banking: o que é e como ajuda o empreendedor?
Postado em: 26 de July de 2021 às 09:35 Por Jhonatan Alves
Open Banking já é uma realidade e permite o compartilhamento de dados financeiros do cliente pelas instituições bancárias, desde que o cliente autorize. Essa nova opção dá mais liberdade à contratação de serviços paralelos.
O open banking – em tradução literal, “banco aberto” – é um método já aplicado em vários países, como Reino Unido e Austrália, e se trata do compartilhamento de dados dos clientes entre os bancos – com o consentimento dos próprios clientes –, a fim de oportunizar melhores produtos e serviços personalizados.
Na prática, significa que o cliente é dono de seus dados bancários e pode disponibilizá-los a quaisquer instituições financeiras, em qualquer momento.
Com esse recurso, você poderá compartilhar dados cadastrais, como nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço, informações sobre renda (ou faturamento, no caso de empresas), perfil de consumo, capacidade de compra, conta corrente, informações sobre empréstimos pessoais, financiamentos, pagamentos, entre outros, sempre com o seu consentimento.
No que isso me ajuda?
Partindo da premissa de que, com o Open Banking, você é o dono das suas informações financeiras, caso você queira, por exemplo, fazer um empréstimo em uma instituição “X”, mas ela não tem informações suficientes para liberar ou não o empréstimo, você pode, por meio do seu banco atual, pedir o compartilhamento de seus dados para provar que é um bom pagador e, assim, conseguir o benefício.
Isso dá liberdade ao cliente para proceder suas finanças com quaisquer instituições. O empreendedor, por exemplo, pode ser cliente do banco “Y”, mas utilizar serviços do banco “X” ao fazer esse compartilhamento de dados.
Além disso, sem o monopólio de informações, os bancos terão de lidar com uma concorrência acirrada, o que beneficiará os clientes com taxas e juros menores.
O Open Banking é uma novidade no Brasil e vem se instalando de maneira gradual entre as instituições. Para sua completa implementação, o processo foi dividido pelo Banco Central em quatro fases: uma em fevereiro, outra em julho, outra em agosto e a última em dezembro. A cada mês, novos recursos são liberados para essa opção. No site oficial do Open Banking, você consegue acessar detalhadamente as fases.
Alguns bancos, como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú, Santander, BNDES, Citibank e Credit Suisse, já oferecem essa opção. No link oficial do Open Banking no Brasil, você pode encontrar as instituições participantes – basta CLICAR AQUI.
O Open Banking é seguro?
Sim! De acordo com o Banco Central, as instituições participantes deverão cumprir uma série de requisitos para garantir a autenticidade, a segurança e o sigilo das informações compartilhadas. É importante frisar que seus dados não estarão abertos para quem quiser ver, mas somente para as instituições que você permitir.
Isso se dará por meio de API, que significa Application Programming Interface (“Interface de Programação de Aplicações”), ou seja, um ambiente virtual em que os sistemas – ou softwares – dos bancos conseguem se comunicar entre si.
A operação para compartilhamento de dados ocorrerá toda por meio de um aplicativo dos próprios bancos. Você pode solicitar, por exemplo, no app do banco “X”, do qual você quer um empréstimo, que peça os dados para o banco “Y”, no qual você tem conta há anos. O banco “Y” mandará uma mensagem para você no app respectivo e, lá mesmo, você autorizará o compartilhamento ou não dos seus dados.
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