Empreendedorismo

Guia completo para entender sobre os tributos fundamentais no empreendedorismo alimentício

Do prato à planilha: Guia completo de tributos para empreendedores

Postado em: 26 de June de 2023 às 10:00 Por Redação

Abrir e gerenciar um negócio no setor de alimentação requer não apenas habilidades culinárias e de gestão, mas também conhecimento sobre os tributos e obrigações fiscais

Diante do cenário atual, a discussão em torno da reforma tributária ganha cada vez mais relevância. Com o objetivo de simplificar a cobrança dos impostos no país, essa medida é considerada fundamental para destravar a economia e impulsionar o crescimento e a geração de empregos.

Por este motivo, hoje a Academia Assaí vai falar sobre um assunto que muitos empreendedores têm dúvidas: os tributos pagos no empreendedorismo

Vamos te ajudar a entender os principais tributos que incidem sobre seus negócios, desmistificar terminologias complexas e fornecer dicas práticas para gerenciar suas obrigações fiscais de forma eficiente! 

Vamos à leitura do guia completo?

A importância do conhecimento tributário para o seu negócio 

Descubra como lidar com os tributos no empreendedorismo de alimentação

Quem tem um negócio de alimentação sabe que precisa lidar com uma série de impostos e taxas que podem afetar a rentabilidade e o crescimento do seu empreendimento. 

Por isso, é importante entender quais são os principais tributos que incidem sobre esse tipo de atividade e como se planejar para pagá-los de forma correta e eficiente.

Os tributos pagos no empreendedorismo podem ser divididos em três categorias: federais, estaduais e municipais

Os tributos federais são aqueles que são cobrados pela União e que valem para todo o país. 

Alguns exemplos são o Imposto de Renda (IR), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Por outro lado, os tributos estaduais são aqueles que são cobrados pelos estados e que variam de acordo com a legislação de cada um. 

O principal tributo estadual é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre a venda de produtos e serviços dentro do estado ou entre estados diferentes. 

Já os tributos municipais são aqueles que são cobrados pelos municípios e que também dependem da legislação local. 

O principal tributo municipal é o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), que incide sobre a prestação de serviços dentro do município ou fora dele. Outro tributo municipal é o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que é pago pelos proprietários ou locatários de imóveis urbanos.

Como você pode ver, os tributos pagos no empreendedorismo são muitos e podem representar uma parcela significativa do faturamento do seu negócio de alimentação

Dito isso, é fundamental que você conheça bem as regras e as alíquotas de cada um deles e faça um planejamento tributário adequado para evitar problemas com o Fisco e otimizar a sua carga tributária.

Continue conosco, porque vamos destrinchar os tributos e esclarecer a importância de cada um deles.

Como alavancar seu negócio de alimentação com conhecimento fiscal

Guia completo sobre os tributos no setor de alimentação saudável entenda as obrigações fiscais e otimize sua gestão financeira

1. Registro e Enquadramento Tributário

Antes de iniciar um negócio de alimentação, é essencial entender o enquadramento tributário mais adequado para sua empresa. 

No Brasil, existem diferentes regimes tributários, como Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. 

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado que reúne os principais tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia de pagamento mensal. 

Ele é destinado aos microempreendedores individuais (MEI), às microempresas (ME) e às empresas de pequeno porte (EPP) que faturem até R$ 4,8 milhões por ano. 

O Simples Nacional pode ser uma boa opção para quem tem um negócio de alimentação com baixo faturamento e poucos funcionários, pois ele oferece alíquotas reduzidas e facilidade no cumprimento das obrigações acessórias.

Entretanto, o Lucro Presumido é aplicável a empresas com faturamento anual dentro de determinados limites e permite uma tributação simplificada com base em percentuais pré-estabelecidos. 

Enquanto o Lucro Real é obrigatório para empresas de grande porte e requer a apuração dos impostos com base no lucro efetivo obtido. É importante estudar cada regime e avaliar qual se adequa melhor às características do seu negócio.

2. Imposto sobre Serviços (ISS)

O Imposto sobre Serviços é um tributo municipal incidente sobre a prestação de serviços, incluindo serviços de alimentação, como restaurantes, lanchonetes e delivery. 

A alíquota do ISS varia de acordo com cada município, geralmente entre 2% e 5% sobre o valor do serviço prestado. 

Além disso, é necessário emitir notas fiscais para documentar as operações realizadas e declarar as informações ao município por meio da Declaração Eletrônica de Serviços.

3. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

Por sua vez, o ICMS é um tributo estadual incidente sobre a circulação de mercadorias e serviços. 

No setor de alimentação, por exemplo, o ICMS é aplicado sobre a venda de produtos, como alimentos industrializados. 

As alíquotas do ICMS variam de estado para estado e podem ser diferentes para produtos específicos. 

Por isso, é importante verificar as alíquotas aplicáveis no seu estado e seguir as obrigações acessórias, como a emissão de notas fiscais e a escrituração fiscal, para estar em conformidade com a legislação, ok?

4. Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

Bom, o PIS e a COFINS são contribuições federais que incidem sobre o faturamento da empresa. 

Essas contribuições têm alíquotas específicas e podem variar de acordo com o regime tributário escolhido. 

Geralmente, o PIS possui uma alíquota de 0,65% e a COFINS de 3%, totalizando 3,65% de contribuição sobre o faturamento. 

É necessário realizar a escrituração fiscal e seguir as obrigações acessórias para cumprir essas contribuições.

5. Contribuição Previdenciária Patronal (CPP)

A CPP é uma contribuição destinada à Previdência Social e incide sobre a folha de pagamento dos funcionários. 

Se você possui empregados, é necessário recolher a CPP. A alíquota da CPP varia de acordo com o tipo de atividade da empresa e a folha de pagamento. 

Em vista disso, é necessário fazer a emissão da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) mensalmente, onde são informados os valores da CPP a serem recolhidos.

6. Diferenciação entre Tributos e Alíquotas para Produtos Industrializados (IPI)

Agora, caso o seu negócio de alimentação envolva a produção de alimentos industrializados, é importante entender a diferenciação entre os tributos e as alíquotas específicas aplicadas a esses produtos. 

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide sobre a fabricação e a importação de produtos industrializados, incluindo alimentos processados. 

As alíquotas do IPI podem variar de acordo com a classificação fiscal do produto e são definidas pela Tabela de Incidência do IPI (TIPI). 

Por fim, verifique a classificação fiscal correta para seus produtos e esteja ciente das alíquotas aplicáveis.

7. Obrigações Acessórias e Contabilidade

No empreendedorismo alimentar é imprescindível cumprir as obrigações acessórias e manter uma contabilidade organizada. 

A emissão de notas fiscais é obrigatória para documentar as operações realizadas. Além disso, a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) devem ser realizadas de acordo com as normas estabelecidas pela Receita Federal. 

Ter uma contabilidade adequada é crucial para manter o controle das finanças e garantir a precisão das informações fiscais.

8. Planejamento Tributário

O planejamento tributário é uma estratégia importante para reduzir a carga tributária do seu negócio. 

Por meio de análises e estudos, é possível identificar as melhores opções de regimes tributários e incentivos fiscais disponíveis para o seu negócio de alimentação. 

Ainda, é possível otimizar as operações e estruturar as atividades de forma a minimizar os impactos tributários.

9. Controle Financeiro e Antecipação de Pagamentos

Um controle financeiro eficiente é essencial para gerenciar as obrigações fiscais do seu negócio de alimentação. 

Mantenha registros precisos de todas as receitas e despesas, separe os valores dos tributos a serem pagos e programe-se para realizar os pagamentos de forma antecipada. 

Saiba que tal atitude evita o acúmulo de obrigações e possíveis multas e juros por atrasos nos pagamentos. 

Utilize ferramentas de gestão financeira, como softwares de controle de fluxo de caixa e planilhas, para monitorar seus gastos e receitas, facilitando o cumprimento das obrigações fiscais.

10. Atualização e Assessoria Profissional

Para finalizar o guia completo, a legislação tributária está em constante evolução e atualização. 

É de extrema importância acompanhar as mudanças e se manter informado sobre novas obrigações fiscais, alíquotas e benefícios fiscais disponíveis para o setor de alimentação. 

Recomendamos que você busque o apoio de um profissional contábil especializado em negócios de alimentação para orientá-lo de forma adequada.

Eles possuem o conhecimento necessário para ajudá-lo a interpretar a legislação, realizar o planejamento tributário e cumprir todas as obrigações fiscais de maneira correta e eficiente.

Ufa!

Como você pode ver, os tributos pagos no empreendedorismo são um tema complexo e que exige muita atenção e conhecimento. 

Em função disso, é recomendável que você conte com o auxílio de um contador especializado para escolher o regime tributário mais adequado para o seu negócio de alimentação e para fazer o seu planejamento tributário de forma eficaz. 

Assim, você poderá reduzir os custos e aumentar a competitividade do seu empreendimento.

Para terminar, no caminho para o sucesso no empreendedorismo de alimentação, é fundamental buscar conhecimento e capacitação contínuos. 

Nesse sentido, a Academia Assaí é uma aliada indispensável. 

Por meio dos seus cursos gratuitos, disponibilizados online, os empreendedores têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades de gestão, compreender melhor as questões tributárias e adquirir conhecimentos práticos sobre o mercado de alimentação. 

Com uma variedade de cursos abrangendo temas como empreendedorismo, finanças, higiene e segurança alimentar, você pode se capacitar de forma flexível e conveniente. 

Enfim, esperamos que você tenha gostado do guia completo de tributos para empreendedores de alimentação e que ele tenha esclarecido algumas das suas dúvidas sobre os tributos pagos neste segmento. 

Nos vemos em breve!