Esse é um assunto muito importante para o pequeno empreendedor de alimentos que possui um negócio próprio, pois o preço pode influenciar diretamente na lucratividade, na competitividade e na satisfação do cliente. 

Você pode enfrentar desafios nessa área, mas compreender alguns pontos-chave pode fazer toda a diferença na precificação. Vamos ver quais são esses pontos-chave e como aplicá-los no seu segmento de negócio?

7 estratégias de precificação e por que ela é importante para o seu negócio alimentício

Uma das decisões mais importantes que você deve tomar como empreendedor do ramo alimentício é como definir o preço dos seus produtos. O preço é um dos fatores que mais influenciam o comportamento de compra dos consumidores e o lucro do seu negócio. 

Por isso, você precisa conhecer as diferentes estratégias de precificação que existem e como aplicá-las de acordo com o seu objetivo. Ficou curioso? Então continue lendo e confira!

1. Lucratividade sustentável

Esse é o primeiro ponto que você deve considerar ao definir o preço dos seus produtos. A lucratividade sustentável é a capacidade de gerar lucro de forma consistente e duradoura, sem comprometer a qualidade ou a segurança dos seus produtos.

Para calcular a lucratividade sustentável, você deve levar em conta todos os custos envolvidos na produção e na venda dos seus produtos, como matéria-prima, mão de obra, energia, impostos, embalagens, transportes, entre outros. 

Além disso, você deve estimar qual é a demanda pelos seus produtos e qual é o valor que os seus clientes estão dispostos a pagar por eles. A partir dessas informações, você pode definir uma margem de lucro adequada para o seu negócio, que cubra os seus custos e ainda gere um retorno satisfatório. 

Se liga no exemplo: se você vende salgados congelados e o seu custo total por unidade é de R$ 0,50, e você sabe que os seus clientes pagam em média R$ 1,00 por cada salgado, você pode definir uma margem de lucro de 50%, ou seja, R$ 0,50 por unidade. Assim, você garante uma lucratividade sustentável para o seu negócio.

2. Competitividade

O segundo ponto que você deve analisar ao definir o preço dos seus produtos. A competitividade é a capacidade de se destacar no mercado e atrair mais clientes do que os seus concorrentes. 

Para ser competitivo, você deve oferecer um diferencial para os seus clientes, seja na qualidade, na variedade, no atendimento ou no preço dos seus produtos. Pesquise quais são os preços praticados pelos seus concorrentes diretos e indiretos e compará-los com os seus. 

Você pode optar por cobrar um preço igual, maior ou menor do que eles, dependendo da sua estratégia de mercado. Por exemplo, se você vende bolos caseiros e o seu diferencial é a qualidade dos ingredientes e o sabor dos seus produtos, vale cobrar um preço maior do que os seus concorrentes que vendem bolos industrializados ou congelados. Assim, você transmite uma imagem de valor agregado para os seus clientes.

3. Valor percebido

Este é o terceiro item que você deve avaliar na hora da precificação. O valor percebido é a percepção que os seus clientes têm sobre os benefícios que os seus produtos oferecem para eles. 

O valor percebido pode ser influenciado por vários fatores, como a qualidade, a apresentação, a embalagem, a marca, a propaganda, as avaliações e as recomendações dos seus produtos. Você deve entender quais são as necessidades, as preferências e as expectativas dos seus clientes em relação aos seus produtos e ajustar o seu preço de acordo com elas. 

Aqui vamos utilizar um exemplo de panificação: caso você venda pães artesanais e o seu público-alvo são pessoas que buscam uma alimentação saudável e natural, você pode cobrar um preço mais alto do que os pães comuns vendidos em padarias ou supermercados. Dessa forma, você demonstra que os seus produtos têm um valor superior para os seus clientes.

4. Investimentos futuros

Os investimentos futuros são os recursos que você pretende aplicar no seu negócio para melhorar ou ampliar a sua produção e a sua venda. Você deve planejar quais são os seus objetivos de crescimento e quais são as necessidades de investimento para alcançá-los. 

Considere esses investimentos na hora de definir o seu preço, pois eles podem impactar na sua lucratividade e na sua competitividade. Se você trabalha com confeitaria, vende doces finos e o seu objetivo é expandir o seu negócio para atender eventos maiores e mais sofisticados, você pode precisar investir em equipamentos, em matéria-prima, em mão de obra, em marketing, etc. 

A partir disso, dá para incluir uma parte desses investimentos no seu preço atual, para garantir que você tenha recursos suficientes para realizá-los no futuro!

5. Resistência a flutuações

Bom, a resistência a flutuações é a capacidade de manter o seu preço estável diante de variações no mercado, como inflação, sazonalidade ou escassez. 

É importante monitorar as tendências e as oscilações do mercado e adaptar o seu preço de forma estratégica, sem prejudicar a sua lucratividade ou a sua competitividade. Você deve evitar mudar o seu preço com muita frequência ou de forma abrupta, pois isso pode gerar desconfiança ou insatisfação nos seus clientes. 

Vamos imaginar que você vende sorvetes e o seu custo de produção aumenta no verão por causa da alta demanda e do aumento dos preços dos ingredientes. Com isso, você pode optar por manter o seu preço atual e reduzir a sua margem de lucro temporariamente, para não perder clientes ou vendas. Utilizando essa estratégia, você mostra que o seu preço é justo e resistente a flutuações.

6. Satisfação do cliente

A satisfação do cliente é essencial para fidelizar os seus clientes e gerar recomendações positivas para o seu negócio. Você deve buscar oferecer um preço que esteja de acordo com a qualidade e o valor dos seus produtos, que seja competitivo em relação aos seus concorrentes e que seja justo para os seus clientes. 

Também é válido oferecer formas de pagamento flexíveis e facilitadas para os seus clientes, como parcelamento, desconto à vista, cartões de crédito... 

Por exemplo, se você vende pizzas e o seu diferencial é a entrega rápida e gratuita, você pode cobrar um preço um pouco mais alto do que as outras pizzarias que cobram taxa de entrega ou demoram mais para entregar. Trabalhando desta maneira, você gera satisfação nos seus clientes pela conveniência e pelo serviço que você oferece.

7. Longevidade do Negócio

Por fim, pensar a longo prazo é essencial. Preços excessivamente baixos podem atrair clientes no curto prazo, mas podem prejudicar a saúde financeira do negócio a longo prazo. Então, estabeleça preços que permitam a expansão e o desenvolvimento contínuo do seu negócio!

Exemplificando: ao definir preços para seu serviço de jantar, leve em consideração não apenas os custos atuais, mas também os custos associados à expansão para atender a eventos maiores no futuro.

Em síntese, como vimos ao longo do conteúdo, definir o preço dos produtos em seu negócio alimentício é um equilíbrio delicado que requer análise cuidadosa e estratégia.

Afinal, o preço é um dos elementos mais importantes para o sucesso do seu negócio de alimentos, pois ele reflete a sua proposta de valor, a sua posição no mercado e a sua relação com os seus clientes.

Temos certeza que este tema será muito útil para você e para o seu negócio. Nos vemos em breve!