DicasEmpreendedor

Definindo o percurso

Postado em: 28 de November de 2019 às 15:39 Por Redação

Ainda não fez o planejamento para o próximo ano? Confira dicas para organizar as ideias e criar um plano de sucesso para seu negócio!

Sair mais com os amigos, aprender um instrumento musical, começar a fazer aulas de dança, dominar um novo idioma... quais são seus objetivos para 2020?

Quando chegam as últimas semanas do ano, muita gente costuma recorrer a uma folha de papel, uma planilha no computador ou até mesmo a um aplicativo de celular para anotar sonhos e metas para o ano seguinte, desde os mais simples até os mais desafiadores.

Essa prática tão comum costuma ser responsável por grandes e significativas conquistas, desde a reorganização das finanças a melhoras significativas na saúde e à criação de hábitos profissionais mais adequados. Porém, quando o assunto é empreendedorismo, essa prática também é mais do que recomendada e representa uma oportunidade de olhar para a realidade do negócio, avaliar os resultados do período que passou e definir estratégias e metas para o ciclo que vem por aí.

A prática da “autoanálise” do negócio próprio e da criação de metas para o ano que está chegando é cada vez mais importante para o pequeno empreendedor do setor de alimentação. Ele precisa se reinventar constantemente, criando formas de diferenciação em ambientes normalmente bastante concorridos. Nesse cenário, ter um bom planejamento não é um luxo, mas, sim, uma questão de sobrevivência do empreendimento.

E, falando em sobrevivência de empresas no Brasil, de acordo com um relatório do Sebrae, divulgado em 2018, a cada quatro empresas abertas, uma fecha antes de completar dois anos de existência. E a falta de planejamento é apontada pelo estudo como uma das maiores causas desse cenário.

Com a ajuda de especialistas, separamos dicas de planejamento para que você consiga pontuar com antecedência as ações a serem colocadas em prática nos próximos meses. Mãos à obra!

FAÇA UMA AUTOANÁLISE

Antes de partir para o planejamento em si, é importante fazer uma avaliação para o seu negócio, de como foi o ano que passou. Nessa tarefa, responda perguntas como: “quais têm sido os principais pontos fortes e fracos da empresa?”, “as metas do ano foram atingidas?”, “se não foram, por quê?”, “como tem sido a reação dos clientes?”, “em que ações foram aplicados mais recursos?”, “como foi o desempenho dos funcionários?” e “como está a imagem da empresa?”

“Fazer essa análise é importante para entender o que vem dando certo e o que tem dado errado nas operações para poder elaborar e colocar em prática novas metas de acordo com a realidade do negócio”, explica o analista de serviços financeiros do Sebrae, Hugo Roth.

ANALISE O AMBIENTE EXTERNO

Invista algum tempo pensando sobre o cenário externo do seu negócio, ou seja, o que foge do seu controle e o que pode afetar seus produtos e serviços ou seu segmento de atuação, como a concorrência, o cenário econômico e a legislação. Quando o empreendedor identifica que o cenário econômico está fraco, por exemplo, é interessante criar alternativas mais econômicas do produto oferecido para não perder clientes. É importante também conhecer a fundo os concorrentes para poder se proteger dos pontos fortes identificados e explorar os pontos fracos.

TRACE METAS

Onde você quer que seu negócio esteja no final de 2020? E daqui a três ou cinco anos? Dificilmente chega-se a um lugar privilegiado sem documentar qual será o caminho. Por isso, essa é a hora de colocar os objetivos no papel e definir metas realistas para os próximos doze meses e, ainda melhor, para os próximos anos. “Coloque no papel todos os objetivos para o ano seguinte, desde as metas financeiras e de vendas até os números de fãs no Facebook. Defina cada passo até onde você pretende chegar”, aconselha Roth.

Nessa etapa, cuide para não criar metas altas demais, para não se desanimar durante o passar dos meses, mas também evite metas pouco desafiadoras e muito fáceis de serem alcançadas, para manter-se sempre motivado.

DICA:

Uma boa prática para alcançar os principais objetivos para seu negócio é dividi-los em períodos de tempo:

  • Curto prazo: ações que devem ser executadas em até seis meses.
  • Médio prazo: metas a serem atingidas entre um e três anos.
  • Longo prazo: objetivos que devem ser cumpridos em cinco anos ou mais.

CONSIDERE O INVESTIMENTO EM SI MESMO

No que você, como proprietário de um pequeno negócio, precisar evoluir? Seria no contato com os clientes? No relacionamento interpessoal com sua equipe? Em técnicas de marketing digital? Anote suas deficiências e planeje o que você fará para preencher essas lacunas. Nessa etapa, vale a pena considerar uma reserva de orçamento para cursos presenciais ou on-line, palestras, encontros de empreendedores, feiras especializadas e outras oportunidades de aprendizado. Lembre: investir em você é investir no seu negócio!

PLANEJE O ORÇAMENTO PARA MARKETING

O fim de ano também é uma época propícia para definir o orçamento do ano seguinte. E, nesse orçamento, é preciso determinar o quanto será gasto em marketing. Nesse sentido, cada empreendedor deve gastar de acordo com sua realidade, mas nada de driblar esse investimento, que é fundamental para trazer mais clientes. Um bom começo é definir uma porcentagem ou um valor fixo ao mês e ir ajustando caso haja necessidade.

Nessa etapa, também é válido planejar ações especiais para as principais datas relevantes para o negócio. “No comércio, toda data especial é uma oportunidade de vender mais. Pensar sobre essas ações ajuda a esclarecer o que vai ser demandado quanto ao investimento de tempo e de recursos durante o ano”, orienta Roth.

MAIS REGISTROS, MENOS RIGIDEZ

Para o diretor da Escola Superior de Negócios do Grupo Uninter, Elton Ivan Schneider, não vale só ter as ações na cabeça, é preciso anotá-las e acompanhá-las periodicamente: “Os objetivos, as metas e os indicadores devem estar organizados e documentados, permitindo que revisões periódicas sejam feitas sempre que o cenário assim exigir.” Perceba que todo esse planejamento não pode ser rígido demais. É preciso haver alguma flexibilidade para alterar e corrigir a rota quando algo não estiver dando certo.

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