Alimentação Saudável
Cozinha inclusiva: o que é e para que serve?
Postado em: 24 de Janeiro de 2022 às 17:09 Por Jhonatan Alves
A cada dia novos tipos de alimentação aparecem e é dever do empreendedor (a) respeitar e conhecer estas condições.
Imagine que você recebeu uma proposta muito vantajosa financeiramente para fornecer os alimentos de uma festa de uma empresa de médio porte.
Você recebe uma lista com o nome dos participantes desta festa e em alguns deles têm a indicação do que podem ou não comer, por exemplo, se são pessoas celíacas (que não podem comer glúten), diabéticas (que não podem comer açúcar) ou mesmo lacto-intolerantes (que não podem comer derivados do leite). O que você faria nesse caso? Recusaria a oferta ou adaptaria as receitas e alimentos?
Isso é cozinha inclusiva: um cardápio que permita todas as pessoas - com restrições alimentares ou não - comer juntas ou consumir em um mesmo estabelecimento.
Mais comumente, essas ditas restritivas são requisitadas para ocasiões especiais, mas se você já colocar em seu cardápio algumas opções inclusivas, pode ganhar uma clientela que muitas vezes luta para achar comida por entrega ou mesmo servida em restaurantes, que respeite as regras das dietas.
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO NA COZINHA
Vamos conhecer agora algumas das principais dietas alimentares, sejam elas decorrentes de alguma doença, bem como os celíacos e diabéticos, ou mesmo por opção do indivíduo como o veganismo.
Intolerância ao glúten
As pessoas intolerantes ao glúten - que é uma proteína presente principalmente no trigo, no malte, na aveia, na cevada e outros cereais – costumam ter alergias graves e desarranjo intestinal ao consumirem os alimentos com glúten. Podem também terem fortes dores de cabeça e crises de enxaqueca.
Intolerância à lactose
Os intolerantes à lactose não podem consumir leite e nenhum dos seus derivados.
Diabéticos
Pessoas que não podem consumir alimentos ricos em açúcar, como doces e carboidratos. Há também quem não seja diabético, mas optou por não consumir açúcar.
Vegetarianos
Pessoas que não consomem nenhum tipo de carne, seja vermelha ou branca. Não comem também alimentos que possam ter carne de animal na composição, bem como hambúrgueres, embutidos e outros.
Veganos
Os adeptos ao veganismo além de não comerem nenhum tipo de carne, branca ou vermelha, também não consomem alimentos ou outros produtos com origem animal, como o mel, ovos, banha. Até os cosméticos utilizados por essas pessoas são 100% de origem vegetal.
Alergias
Algumas alergias são mais comuns como a ovos, amendoim, frutos do mar, cogumelos, corantes, entre outras. Essas restrições muito específicas normalmente são de cuidado exclusivo de cada indivíduo, mas vale ressaltar quando se prepara um prato, os ingredientes que ele contém, ainda mais se forem comuns entre as alergias mais conhecidas.
Aplicando a cozinha inclusiva
Para adotar um cardápio mais inclusivo vale antes uma pesquisa com seus clientes sobre que tipos de alimentos gostariam de ver no seu cardápio. Se aparecerem sugestões dentro dessas dietas restritivas, já será um ótimo indicador de que caminho seguir e quais receitas buscar.
Sempre leia o rótulo dos produtos e ingredientes que compõem suas receitas. Isso ajuda a saber o que eles detêm na fórmula: às vezes você vai fazer um macarrão de abobrinha, mas o molho que você vai usar tem glúten, o que invalida a receita para uma pessoa celíaca.
Contaminação cruzada - Cuidado no manejo e uso de talheres, potes e outros. Se você cortou camarões com uma faca e uma tábua de apoio, não é bom que se use este mesmo utensílio para outros preparos porque você pode contaminar toda sua produção com resquícios do alimento, o que poderá gerar inconvenientes com outros produtos, que não deveriam ter camarão.
A higiene dos talheres, utensílios e balcões deve ser constante. A contaminação cruzada é a transferência de contaminantes biológicos, como microrganismos patogênicos, entre alimentos, superfícies e materiais de produção. Dados do Ministério da Saúde indicam que alimentos crus, como ovos e carnes vermelhas, são responsáveis, em média, por 34,5% dos surtos de doenças transmitidas por alimentos que ocorrem no Brasil.
Além disso, dados publicados pela Organização Mundial da Saúde em 2015 (Estimates of the global burden of foodborne diseases - 2015) revelaram que, no ano de 2010, 1 de 10 pessoas adoeceram por comer alimentos contaminados. Deste total, correspondente a 600 milhões de pessoas, 42.000 faleceram.
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