Dicas
Os perigos escondidos no uso do plástico
Postado em: 09 de July de 2021 às 08:00 Por Redação
Logo quando se pensa em lançar um produto ou serviço no mercado, uma das primeiras coisas que vem à mente do empreendedor é a embalagem e, normalmente, em um primeiro momento, ela é de plástico. Entretanto, esse material, que utilizamos tanto no dia a dia, é um dos maiores vilões da atualidade, quando pensamos em preservação ambiental e saúde humana.
Embora a maioria das pessoas saiba que o plástico não é biodegradável, a preocupação em torno disso vai além.
A saúde humana fica em risco com o uso de plástico logo em sua produção. Por ser um material feito com uma matéria-prima extremamente tóxica, o resultado não poderia ser outro. Compostos como éter difenílico polibromado (PBDE), bisfenol A (BPA) e ftalatos são utilizados – e essas substâncias têm caráter cancerígeno, podendo afetar o sistema reprodutivo das mulheres e levar a problemas cardíacos.
O BPA, por exemplo, pode passar para nossa bebida ou comida quando é exposto a mudanças de temperatura, principalmente no calor. No Brasil, desde 2012, tanto a fabricação quanto a importação e a comercialização de mamadeiras com BPA já foram proibidas.
Um teste da Universidade Estadual de Nova York verificou garrafas de água de nove países diferentes, de todos os 5 continentes, e concluiu que 10 partículas de plástico são encontradas a cada litro.
Oceanos e o plástico
O documentário Estamos Criando Oceanos de Plástico?, da Menos 1 Lixo, revela que 80% da vida no planeta está nos mares. A preocupação atual encontra-se exatamente em preservar essa vida, mas o plástico está matando os animais e outros seres vivos das águas salgadas.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, no Oceano Pacífico, há uma ilha feita inteiramente de plástico descartado que tem 16 vezes o tamanho de Portugal. O indicativo disso é que, em 2050, pode haver mais plástico no oceano do que peixes. De acordo com a vice-presidente executiva da Ocean Conservacy, Emily Wongom, são descartados no oceano 8 milhões de toneladas de lixo por ano. “A gente tirou muita coisa do oceano e estamos colocando muita coisa (plástico)”, pontua.
E no que isso pode afetar a humanidade? Além, obviamente, da crueldade animal oriunda da ingestão do plástico, as algas marinhas são responsáveis pela produção de 54% do oxigênio do mundo. Ou seja, mais da metade do ar que respiramos é de procedência marinha.
Funciona assim: as algas marinhas produzem oxigênio em excesso, que é liberado na água, vai para a atmosfera e fica disponível para outros seres vivos.
O que evitar?
- Segundo a Agência Internacional da Investigação do Câncer (IARC), o produto químico usado para fazer PVC, o cloreto de vinilo, é conhecido por causar a doença nos humanos.
- Evite o bisfenol A (ou BPA), que é um aditivo industrial usado na fabricação de muitos produtos. Ele faz com que o plástico fique mais duro. Há evidências de que o BPA é prejudicial, especialmente porque ele se acumula no organismo ao longo do tempo.
- Sempre olhe os rótulos dos produtos que consumir. Haverá uma informação indicando se o produto é livre (ou não) de BPA. O poliestireno (PS), é imprescindível evitar. Ele pode ser responsável por distúrbios endócrinos e é uma substância cancerígena.
- É difícil deixar de usar plástico, mas não impossível. Comece substituindo itens de cozinha pelos de vidro ou metal. Assim, ficará cada vez mais fácil.
Para conferir mais dicas de como inovar nas embalagens sustentáveis e se livrar de vez do plástico, confira nossa série sobre ter um negócio sustentável e, mais especificamente, a matéria “Embalagens sustentáveis: redução de danos é um diferencial competitivo”.
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