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pratos veganos para dietas especiais - Academia Assaí

Saiba como lucrar com o aumento da demanda de dietas especiais

Postado em: 29 de April de 2020 às 17:26 Por Redação

Os empreendedores do ramo alimentício podem lucrar ao atender à demanda de pessoas que optam ou precisam adotar dietas especiais.

O mercado de alimentos e bebidas para pessoas com restrição a determinados ingredientes está em rápida ascensão, deixando de ser apenas um nicho ou uma tendência para fazer parte do cardápio de diversos estabelecimentos. 

Em outras palavras, estabelecimentos de alimentação podem atender a dietas variadas adicionando ao cardápio opções sem glúten, sem lactose, veganas, vegetarianas, entre outras. Como exemplo, uma das apostas alimentares é o aumento de produtos que substituem a lactose em sua formulação. Além do leite de soja e de amêndoa, pode-se esperar ver mais leite de coco, de arroz, de cânhamo e de aveia.

Dietas especiais: um mercado em expansão e lucrativo

Segundo o Instituto Organis, uma organização que estuda a sustentabilidade e a alimentação saudável, 36% dos brasileiros afirmam que consomem produtos orgânicos. Esse dado faz parte da pesquisa Panorama do Consumo de Orgânicos no Brasil 2023.

Por outro lado, o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

ABRINDO O LEQUE PARA AS DIETAS ESPECIAIS

Para a consultora em alimentos e professora do curso de Gastronomia da Faculdade Unifil, Thanise Pitelli, oferecer produtos de qualidade para pessoas com alimentação especial exige conhecimento profundo dos fornecedores e atenção redobrada no preparo.

“Quando se quer incluir uma receita destinada a um público específico, é importante conhecer a matéria-prima que será utilizada. Também é preciso ter cuidado com o processo produtivo, pois é fácil ocorrer contaminação cruzada de um ingrediente para outro na manipulação”, alerta.

A consultora recomenda que, em vez de investir exclusivamente em produtos para dietas restritivas, os empreendimentos podem abrir o leque aos poucos e destinar um espaço para essas dietas especiais:

“É um mercado crescente e os estabelecimentos devem ter essa opção no cardápio, não apenas por causa da saúde, mas porque vegetarianos e veganos, por exemplo, estão cada vez mais presentes. Não é preciso atender a todos os grupos de restrição de uma só vez, mas é importante dar passos à frente nessa diversificação de cardápio.”

DIETA QUE GERA LUCRO

A advogada Ana Cristina Dias transformou a sua experiência pessoal em negócio. Intolerante à lactose e sensível ao glúten, ela sentia falta de comida boa, saudável e que atendesse às suas restrições alimentares. Assim, em 2014, Ana fundou a Capim da Serra – que fica em Belo Horizonte/MG –, uma loja virtual com produtos feitos sem conservantes, corantes ou aditivos químicos.

“Pesquisei esse mercado e me envolvi completamente por causa das minhas intolerâncias. Quando comecei a fazer as receitas, quis compartilhar isso com o público e daí nasceu o empreendimento”, conta.

No cardápio da Capim da Serra, que atualmente também possui uma loja física e oferece opção de delivery, há marmitas, bolos, pães, pizzas, sopas, quiches, entre outros produtos. A base da cozinha é vegetariana e conta com diversas opções low carb. Todas as receitas são criadas com a assessoria de nutricionistas. 

A empreendedora acredita que o mercado de produtos para dietas restritivas está em crescimento: “As pessoas procuram alimentos de verdade, que nutram o organismo. Estão preocupadas com os ingredientes e as fontes desses ingredientes, além de o corpo estar gritando e pedindo boas escolhas.”

fritando alho para dietas especiais - Academia Assaí

RESTRIÇÕES ALIMENTARES MAIS COMUNS 

INTOLERÂNCIAS

  • Doença celíaca: reação do intestino como resposta ao consumo de glúten, proteína encontrada em grãos como trigo, malte e cevada.

  • Alergia ao trigo: reação às proteínas do trigo, não necessariamente ao glúten.

  • Sensibilidade ao glúten: forma de intolerância à proteína, porém, difere-se da doença celíaca porque não causa danos ao intestino delgado.

  • Intolerância à lactose: acontece quando o organismo não consegue produzir uma enzima chamada lactase em quantidade suficiente para fazer a digestão da lactose.

  • Sensibilidade a aditivos alimentares: sensibilidade ao que é adicionado aos alimentos a fim de realçar seu sabor ou prolongar sua validade, por exemplo. O paciente com essa sensibilidade também costuma ter problemas com corantes, presentes em boa parte dos alimentos industrializados.

OUTRAS RESTRIÇÕES

  • Açúcar: pessoas com essa restrição não consomem (ou evitam consumir) açúcar ou carboidratos de alto índice glicêmico, que aumentam a taxa de glicose do sangue.

  • Produtos de origem animal: enquanto vegetarianos não comem carne, peixe e aves, mas consomem seus derivados, veganos não consomem nada que tenha origem animal, como carne, leite, mel, ovos, etc.

  • Carboidratos: impulsionados principalmente pelas dietas low carb, pessoas que buscam perda calórica costumam recorrer a uma redução drástica na quantidade de carboidratos ingeridos.

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